02/12/2011

6 # carta para um estranho.



Adorável Estranho,

Talvez deveria eu subtrair o "adorável" e substituir o "estranho" por Desconhecido. (Assim tens a ti configurado, ó ser que habita fora do meu mundo.) O Desconhecido pode ser Adorável, ou não. O Desconhecido pode ser Estranho, ou similar. Mas sendo intrinsecamente desconhecido, não conheço os teus hábitos, as tuas ideologias.
Porém, espero que não tenhas dedicado "tempos" a endereçar-te correspondências em vão. Rogo a ti do fundo de meu âmago que sejas Estranho e Adorável.
O Similar é chato, previsível, sempre o vejo dessa pequena fresta do meu mundo, a qual faz comunicação com o universo. Que sejas, pois, Estranho! E que com tua estranheza eu ria-me e me distraia!
E que sejas Adorável! Pois que vale a estranheza, se é frívola? Que sejas, pois, interessante, polivalente. Que tenhas mais de uma direção para olhar e julgar o teu mundo, o meu e o universo. E se fores mais do que Mas cessarei meu devaneio, meu anseio. Mesmo o meu querer não mutará a tua essência. Nem tu próprio és capaz de tal feito. Tu és desde do momento em que passaste a existir. Pois, então, diz-me, "Quem és tu ?"

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